Aguarde..
Por que evitar óleo de Palma

entenda seu impacto!

1. Não existe produção artesanal de óleo de palma

O chamado “óleo de palma” (Elaeis guineensis) é extraído de plantações industriais massivas — sem método artesanal viável. A extração demanda grandes áreas desmatadas e manejo intensivo, sem possibilidade para produção em pequena escala.

Já o azeite de dendê, que é produzido apartir da mesma planta, pode sim ser obtido artesanalmente, via prensagem, mantendo assim as vitaminas. Essa é uma ótima alternativa!



2. A “guerra do dendê” no Pará

No Brasil, especialmente no Pará, o avanço das plantações de dendê tem gerado conflitos graves:

  • Comunidades tradicionais e indígenas relatam grilagem de terras e falta de consulta, agravando tensões agrárias.

  • Políticas regionais municipais promovem o monocultivo, intensificando a pressão sobre terras indígenas e populações ribeirinhas. Foi descrito por líderes como “confronto silencioso por terra e controle socioeconômico”.

Embora ainda pouco documentado pela grande mídia, ONG’s e estudos regionais apontam um aumento de tensões socioambientais no Pará, com violência, corte de florestas e impactos nas fontes de subsistência locais.


3. O outro lado do mundo: a Malásia e Indonésia

As ramificações globais são assustadoras:

  • Deflorestação tropical: de 2000 a 2011, foram convertidos cerca de 270.000 ha/ano de florestas tropicais em plantações de palma WikipédiaWikipedia+2PMC+2PMC+2.

  • Na Malásia, entre 1990?2005, o cultivo de palma chegou a ocupar 4,2 milhões de hectares, reduzindo florestas tropicais em mais de 1,1 milhão de hectares Wikipedia.

  • Intensivo cultivo em turfeiras (peatlands) libera grandes quantidades de carbono, responsável por até 2% das emissões globais de carbono fóssil .

  • Ataques violentos a ativistas e lideranças locais são rotina nesse contexto The New Yorker+1Wikipédia+1.


4. Selos como RSPO/MSPO são insuficientes

Apesar das certificações como RSPO e MSPO, elas não eliminam o conflito territorial, violência ou desmatamento ilegal:

  • Em Guatemala, plantios certificados ainda promoveram desmatamento significativo, inclusive em áreas de conservação Wikipedia+13Reddit+13Reddit+13.

  • Na Malásia e Indonésia, apenas ~21% da produção total é certificada RSPO, sem garantia real de conservação Wikipedia+3PMC+3Reuters+3.

  • Agronegócio pressionado pelo mercado europeu, mas pequenos produtores continuam excluídos pelos requisitos técnicos e financeiros .

? Ou seja, selos não garantem paz para territórios, preservação real ou justiça ambiental.


5. O que a ciência diz sobre os danos ao planeta

  • Plantios de palma geram 61% menos biodiversidade que florestas tropicais; só 0,01% da diversidade vegetal permanece em áreas cultivadas Wikipedia+1Wikipedia+1.

  • Expansão contínua implica em emissão de GEE por desmatamento e degradação de turfas, agravando o aquecimento global .

  • O cultivo em turfeiras da Malásia libera 174 toneladas de carbono por hectare, segundo estimativas Reddit.


6. Conclusão: cosméticos sem palma são mais coerentes

Dadas as evidências:

  • Não existe palma artesanal, logo qualquer uso alimenta essa cadeia devastadora.

  • Os selos verdes não garantem proteção efetiva a comunidades ou biodiversidade.

  • O impacto socioambiental na Amazônia, nos países produtores e nos direitos humanos é documentado e grave.

? Portanto, optar por cosméticos livres de óleo de palma é uma atitude mais ética, ambientalmente responsável e alinhada com a sustentabilidade real. Dê preferência a óleos vegetais locais, de cadeia curta e transparente. Recomendamos a Tucumã como perfeita alternativa além do uso do óleo artesanal de Dendê (aquele laranjinha).

X